Este é o nosso Manifesto.
Este programa é sobre Arquitetura.
Não será sobre a estrutura, a textura, as vigas e o betão.
Nem sobre a forma, a cor, a luz, a estética ou os Pritzkers.
Este programa é sobre Arquitetura.
E a arquitetura, caro leitor,
a Arquitetura é o sonho.
É a obra.
Mas a obra, a obra é o Homem.
Este programa será sempre sobre o Homem.
Sobre os homens e as mulheres que fazem arquitetura e que são, nos seus entretantos, tantas outras mil e uma coisas, mil e dois sentidos, mil e três paixões.
Aqui conversaremos sobre a sua arte de falar através da mão. Sobre a capacidade de tocar os outros através do traço. Sobre as suas paixões, as suas frustrações, as suas desilusões e as suas conquistas. Sobre os sonhos, deles e delas. Arquitetos e Arquitetas. Pessoas.
Aqui falaremos sobre filosofia, sobre poesia, sobre a psicologia da mente humana. Criadora. Contemplativa. Apaixonada.
Divagaremos sobre a génese. Não da obra, mas do Homem. Porque é no Homem que se define o sentido do traço. Porque é no Homem que entendemos o conceito.
Porque é no Homem que a arquitetura começa.
Na pessoa que a sonha, a idealiza, a desenha e concretiza, mas também na pessoa que a vive, onde ganha então razão de ser, vida própria.
E se emancipa. Para ser o que muitas vezes nem o arquiteto pensou, sob o seu olhar atento, ora de orgulho, ora de dor.
Este projeto será sempre sobre pessoas.
E não deveriam ser todos?!
Este é o nosso Manifesto.
Esta é a Obra Soprema.