Segurança contra incêndios em coberturas planas: o que diz a legislação?

A proteção contra incêndios em coberturas é uma exigência fundamental na construção de edifícios, tanto em novas obras como em reabilitações. Com o aumento da complexidade dos sistemas de impermeabilização e o uso crescente de materiais isolantes, é essencial garantir que todo o sistema instalado contribua para uma elevada segurança em caso de incêndio.

 


O que dizem as normas europeias?

A classificação europeia para o comportamento ao fogo de coberturas expostas a incêndios externos baseia-se em quatro categorias: BROOF (t1), BROOF (t2), BROOF (t3) e BROOF (t4), conforme definido na norma EN 13501-5. Em Portugal, os requisitos de segurança contra incêndios em edifícios (SCIE) são regulados pelo Regime Jurídico da Segurança Contra Incêndios em Edifícios (Decreto-Lei n.º 220/2008) e pela respetiva Portaria n.º 1532/2008, que exigem que os materiais e sistemas instalados contribuam para retardar o desenvolvimento do fogo e evitar a sua propagação.

Na prática, isto significa que todo o sistema de cobertura — e não apenas a membrana de impermeabilização — deve cumprir os critérios de resistência ao fogo exigidos para o edifício em causa.

 


Ensaios de resistência ao fogo: como são feitos?

A classificação BROOF é atribuída com base em ensaios normalizados que simulam a ação do fogo sobre a cobertura. Estes ensaios avaliam a capacidade do sistema em resistir à penetração de chamas e à propagação superficial do fogo. O desempenho é medido através da observação direta e de sensores que registam temperaturas e tempos de resposta.

Na SOPREMA, todos os sistemas de cobertura são testados de acordo com os critérios definidos na EN 13501-5 e outros documentos harmonizados, garantindo a conformidade com os mais elevados padrões europeus.

 


Importância do sistema completo

Os testes são realizados por entidades certificadas e independentes, como o Instituto de Soldadura e Qualidade (ISQ) ou organismos europeus acreditados. Estes ensaios abrangem diferentes combinações de membranas, isolamentos, espessuras e acessórios, pois até pequenas variações podem influenciar o comportamento ao fogo. Por esse motivo, a conformidade aplica-se apenas às combinações testadas.

Na SOPREMA, os produtos têm marcação CE e são acompanhados de Declaração de Desempenho (DoP), garantindo total rastreabilidade e fiabilidade.

 


Casos específicos: coberturas verdes

As coberturas ajardinadas, cada vez mais populares em projetos de reabilitação urbana e construção sustentável, exigem cuidados redobrados ao nível da proteção contra incêndios. Apesar de apresentarem vantagens ecológicas e térmicas, a presença de vegetação — especialmente em períodos secos — pode representar risco acrescido.

Por isso, apenas sistemas verdes certificados com classificação BROOF (t1) ou (t2) devem ser utilizados. A SOPREMA, através da solução SOPRANATURE®, oferece sistemas de cobertura verde com classificação comprovada de resistência ao fogo, adaptados ao clima e legislação portuguesa.

 


Conclusão

Ao projetar ou reabilitar uma cobertura plana, a segurança contra incêndios deve ser uma prioridade desde a fase de conceção. A escolha de sistemas completos, testados e certificados, como os da SOPREMA, é fundamental para garantir o cumprimento legal e a proteção de pessoas e bens.