Benefícios das coberturas ecológicas

Sabia que as coberturas ecológicas acompanham a humanidade desde os primórdios?
Na Mesopotâmia — berço da civilização — utilizava-se vegetação mesmo em projectos reais, como os lendários Jardins Suspensos da Babilónia.

Hoje em dia, tornaram-se mais uma tendência estética do que uma verdadeira consciência do valor que oferecem.
A cobertura ecológica convida à observação, ao acompanhamento do seu crescimento e floração sazonal, exercendo um poder de atracção baseado na necessidade natural de quem vive em meio urbano de se ligar à natureza.

Transforma um espaço técnico num “lugar visitável”, num “ponto de encontro”, e pode tornar-se num “espaço de uso comunitário” do edifício.
Com simples passadiços e mobiliário discreto, uma cobertura ecológica converte um espaço esquecido e frequentemente sujo num local agradável e funcional — com melhor exposição solar, vistas privilegiadas e afastamento do ruído urbano.

 


Benefícios tangíveis

  • Melhoria do desempenho térmico e acústico do edifício.

  • Prolongamento da vida útil da impermeabilização.

  • Amortecimento da precipitação: o “colchão hídrico” reduz o impacto da chuva no sistema de drenagem.

  • Fomento da biodiversidade.

  • Retenção de partículas em suspensão e redução da poluição atmosférica.

  • Aumento da presença de espaços verdes no ambiente urbano.


 

 

Benefícios intangíveis

  • Funcionam como “pulmão urbano”, gerando oxigénio e absorvendo CO₂.

  • Regulam a humidade relativa através da evapotranspiração das plantas.

  • Revalorizam o edifício e melhoram a paisagem urbana.

  • Têm um impacto psicológico positivo, promovendo estilos de vida sustentáveis, reduzindo o stress e reforçando a ligação ao ambiente natural.


 

Aspectos técnicos a considerar

As coberturas ecológicas variam consoante o tipo de projecto, mas a sua estrutura base (de baixo para cima) inclui:
suporte estrutural, membrana de impermeabilização, camada drenante/retentora, camada de substrato e camada vegetal.

Para garantir um bom desempenho, é essencial considerar:

  • A capacidade estrutural do edifício para suportar as cargas adicionais;

  • A existência de bordos perimetrais adequados à contenção do sistema;

  • A acessibilidade para manutenção e inspecção;

  • Pontos de água para rega;

  • E, sobretudo, a escolha de uma membrana impermeabilizante fiável e compatível com o conceito de sustentabilidade da cobertura verde.


 

 

Eficiência e sustentabilidade na impermeabilização

Uma impermeabilização eficiente demonstra-o desde o processo de fabrico, apresentando uma baixa pegada de CO₂.
Este indicador inclui tanto as emissões diretas de gases com efeito de estufa como as emissões indiretas associadas ao consumo de energia.

As membranas em EPDM apresentam valores médios de cerca de 23,8 kg de CO₂/m², enquanto as membranas em TPO de qualidade se situam em torno dos 28,9 kg de CO₂/m² — ambos entre os mais baixos no universo das soluções impermeabilizantes.

Além disso, a maior durabilidade destas membranas traduz-se em poupanças a médio e longo prazo, ao evitar substituições durante a vida útil do edifício.
Os sistemas de instalação a frio, como o EPDM, dispensam o uso de chama, ar quente ou máquinas de consumo energético elevado, reforçando o carácter sustentável do sistema.


 

 

Conclusão

As coberturas ecológicas são muito mais do que uma tendência estética.
Representam uma solução técnica e ambientalmente responsável, que melhora o conforto térmico e acústico, prolonga a durabilidade da impermeabilização, promove a biodiversidade e valoriza o edifício.
Com uma membrana impermeabilizante de qualidade e um projecto bem planeado, é possível transformar qualquer cobertura num verdadeiro espaço verde e sustentável.